O combustível do futuro?
A sustentabilidade é o futuro da geração de energia. O hidrogênio verde, por sua vez, pode ser considerado o combustível do futuro. Com a proposta de ser uma alternativa menos poluente de um dos elementos mais poderosos no que diz respeito à energia, a versão sustentável do H2 chega como opção nas discussões sobre sustentabilidade.
Ao analisarmos os perfis de consumo e os números que as pesquisas levantam sobre o uso cada vez mais assíduo de energia, podemos perceber que a curva cresce cada vez mais, mostrando que a indústria deve movimentar-se em busca de alternativas menos nocivas à natureza.
Diante disso, opções de energia com processos de produção mais sustentáveis e menos agressivos ganham destaque no mercado. Uma dessas opções é o hidrogênio verde, alternativa sustentável para o hidrogênio, um dos elementos químicos com maior valor energético encontrado.
Embora existam dúvidas acerca do que é o hidrogênio verde, no Brasil a produção é facilitada em razão dos principais recursos renováveis, como sol e vento. O Senado Federal apresentou uma Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre o Hidrogênio Verde (CHV), que deve discutir o assunto nos próximos dois anos com o objetivo de estimular o uso de hidrogênio verde como fonte energética.
O que é hidrogênio verde?
O hidrogênio é o elemento químico mais abundante que existe e está presente em cerca de 90% de todos e em todos os organismos vivos e moléculas. Ele é leve e possui um alto valor energético.
Na natureza, ele não pode ser encontrado como um gás isolado em razão da sua alta reatividade. Por isso, é combinado a outros elementos para formar compostos, o que torna necessário o uso de energia para extrair hidrogênio desses componentes.
Portanto, para ser obtido, ele pode ser retirado da água ou de fontes fósseis, sendo as principais a gasolina, etanol, gás natural, metano, diesel.
Nesse sentido, como uma alternativa sustentável, o hidrogênio verde é menos agressivo ao meio ambiente, pois é produzido a partir de fontes renováveis como energia solar ou eólica. Por meio de um processo sustentável, a produção do hidrogênio verde é uma importante ferramenta na descarbonização.
Diante desse cenário, o hidrogênio verde pode ser um componente chave para o futuro da energia sustentável, fomentando fontes alternativas de energia e incentivando o uso das matrizes energéticas que não causam impacto negativo no meio ambiente.
Vale destacar que, para continuar com a proposta de ser sustentável, o hidrogênio verde requer cuidado na produção e no transporte, a fim de que não tenha contato com resíduos de outros combustíveis fósseis nocivos ao meio ambiente.
Como se produz hidrogênio verde?
O hidrogênio verde é produzido sem emissão de CO2, por meio de um processo feito a partir da eletrólise da água que utiliza a corrente elétrica para obter a divisão das moléculas da água (H2O), que separa o hidrogênio do oxigênio.
Para isso, é preciso utilizar um eletrolisador, dispositivo que faz a quebra das moléculas da água em átomos. Esse dispositivo acumula eletrodos condutores em uma membrana onde é aplicada determinada voltagem, disparando uma corrente elétrica na água capaz de decompor seus componentes.
Quando ocorre essa separação, o hidrogênio é armazenado em tanques como gás comprimido ou liquefeito e, posteriormente, o oxigênio pode ser liberado na atmosfera, armazenado ou reutilizado.
Portanto, a eletrólise da água, quando alimentada por energia renovável, se torna um método sustentável de produção do hidrogênio verde, facilitando seu armazenamento e garantindo uma extração ambientalmente amigável.
Os principais benefícios e desafios do hidrogênio verde:
O hidrogênio verde como fonte de energia renovável, limpa e inesgotável tem um potencial promissor no panorama energético.
A versatilidade no uso e o potencial de industrialização, torna esse elemento uma opção adaptável que atende às necessidades específicas de diferentes contextos de mercado.
Embora tenha um custo elevado de produção, o preço competitivo de comercialização apresenta-se como uma oportunidade econômica atraente para os mercados, e se configura como uma opção promissora na economia. Esses e outros fatores impulsionam a produção e o uso desse recurso.
Sustentabilidade:
Com a produção à base de fontes renováveis de energia, esse recurso se torna 100% sustentável. Durante sua produção e sua utilização, ele não produz gases poluentes e, dessa forma, não é agressivo ao meio ambiente.
Vantagens para o Brasil:
O clima diversificado do Brasil potencializa a produção de hidrogênio verde. Em determinadas regiões e estados, as condições climáticas proporcionam uma abundância de dias ensolarados, que são essenciais para a produção de energia solar.
Além disso, a presença abundante de vento é fator determinante para a produção do hidrogênio verde por meio da energia eólica. Essa fonte pode ser empregada para conduzir o processo de eletrólise necessário na etapa de extração.
O país se beneficia também da vasta capacidade de geração de energia hidrelétrica, que pode ser utilizada para alimentar este processo.
Desafios do hidrogênio verde:
Ainda que seja um meio eficaz e sustentável, o hidrogênio verde apresenta desafios, pois é um elemento que demanda atenção e cuidado redobrado devido à volatilidade e capacidade altamente inflamável.
A extração do hidrogênio verde por meio da eletrólise enfrenta o desafio da intermitência das fontes renováveis e a alta demanda de energia necessária para o processo.
Futuro promissor:
O hidrogênio verde tem grande potencial para ser uma das formas mais sustentáveis e acessíveis de energia renovável nos próximos anos, sendo utilizada como maneira de redução de emissão de gases poluentes tanto na produção, quanto no uso, sobretudo no contexto industrial.
Hidrogênio verde e a descarbonização:
O carbono é responsável por poluir o ar, formar chuva ácida e acelerar o efeito estufa. Diante de um cenário de risco ao meio ambiente, a produção acelerada desse gás e as formas de mitigar sua emissão são amplamente debatidas mundialmente. Tendo isso em vista, o Acordo de Paris foi assinado em 2015, justamente com o objetivo de reduzir a emissão de gases do efeito estufa.
Com isso, a produção do hidrogênio verde surge como importante aliada nesse contexto. Ele pode ser considerado peça fundamental no processo de transição para que a bioeconomia industrial seja fomentada, ou seja, que a manufatura evolua a partir de pouca ou nenhuma emissão de carbono durante os processos de produção.
A extração do hidrogênio em sua forma sustentável tem como grande diferencial ser uma fonte limpa de energia de maneira que, durante o processo de eletrólise, nenhum malefício seja causado ao meio ambiente.
Cada vez mais, as discussões ambientais sobre opções sustentáveis de produção de energia devem estar em pautas com destaque.
Fonte: Material de acesso público, escrito com a ajuda da assistência da IA da OpenAI